Os riscos da Terapia de Regressão
Quando me perguntam se a Terapia de Regressão é perigosa, se a pessoa pode ficar lá na vida passada que acessou, se tem riscos, eu respondo que sim... e isso pode parecer paradoxal dito por alguém que trabalha com regressão há 15 anos, que ministra Curso de Psicoterapia Reencarnacionista, na qual uma das principais ferramentas é justamente a regressão.
Alguns terapeutas acham que regressão é só a pessoa deitar, relaxar e começar a recordar vidas passadas. Não é bem assim, o prejuízo pode ser enorme, para a pessoa e karmicamente para o terapeuta.
Os riscos da Terapia de Regressão podem ser classificados em 3 grupos:
1. Riscos do ponto de vista físico: nesse grupo, enquadram-se as pessoas com problemas cardíacos, que já apresentaram quadro(s) de enfarte do miocárdio, já apresentaram algum acidente vascular cerebral e/ou sofrem de hipertensão arterial sem controle médico. Nas pessoas idosas, deve-se avaliar a equação risco/benefício para a realização de regressão.
2. Riscos do ponto de vista terapêutico: os riscos aí são muito grandes pois existe uma Lei que diz que “onde termina a regressão, fica a sintonia”. A pessoa acessa uma encarnação passada que está recordando e vai para outra encarnação, se o terapeuta permite isso, ela fica sintonizada lá naquela situação anterior. Outra situação de risco terapêutico é a pessoa regredida recordar a sua morte e nesse momento ir para outra encarnação ou o terapeuta terminar aí a regressão: a pessoa fica sintonizada naquela situação de morte. Uma outra situação de risco é a pessoa recordar uma vida passada, a sua morte lá, e ir para o Umbral e o terapeuta não perceber e encerrar a regressão, deixando a pessoa sintonizada lá. Outro risco é, ao final da regressão, a pessoa referir cansaço, dor de cabeça, frio, tristeza, e o terapeuta interpretar isso como “catarse” ou “limpeza” e a pessoa está indo para outra vida passada onde estava assim, e ficar lá sintonizada. O ideal é a regressão terminar quando a pessoa recordou a vida passada em que estava, até a sua morte, o seu desencarne, a subida para o Mundo Espiritual, a sua estadia lá até que tenham desaparecido todas as ressonâncias da encarnação anterior, sejam psicológicas ou físicas.
3. Riscos do ponto de vista ético: nesse grupo, enquadram-se as regressões que promovem o reconhecimento de pessoas, acreditando que essa informação será importante para seu processo terapêutico e é uma grave infração à Lei do Karma. A maioria dos terapeutas de regressão são Espíritas e grande parte deles incentiva o reconhecimento, infringindo a Lei do Esquecimento. Outro risco desse mal proceder é a pessoa “reconhecer” alguém e estar enganada, ou seja, acreditar que quem lhe matou naquela vida é seu pai e não foi, que quem lhe estuprou lá é seu ex-marido e não foi, etc.
Outro risco ético é o terapeuta ter o comando e atender o desejo da pessoa, o que ela quer saber, ou o próprio terapeuta decidir o que a pessoa deve acessar: em ambos os casos pode não ser o desejo do Mentor Espiritual da pessoa, a situação que a pessoa acessará não era permitido karmicamente e isso trará prejuízos para a pessoa e para o terapeuta. E esse terá de responder por isso mais tarde.
O Mentor Espiritual da pessoa permite isso, baseado na Lei do Livre Arbítrio, a pessoa e o terapeuta têm o direito de abrir o passado, acessar qualquer vida, identificar pessoas lá, mas todas essas infrações ficam registradas no nosso Livro Kármico e terão de ser enfrentadas mais tarde, nessa vida mesmo, quando chegarmos ao Mundo Espiritual e nos chamarem para uma reuniãozinha ou nas próximas encarnações.