Esta denominação não é gratuita, mas decorre de fatos estranhos que aconteceram lá durante séculos e que só poderiam ser explicados com a “lógica” paranormal. Esses fatos extrapolaram os boatos da região e se transformaram em um tema de debate nacional e internacional na primeira metade do século 20, depois que a história chegou a mídias populares, como o jornal Daily Mirror ou a revista Life.
COMO TUDO COMEÇOU?
Não se sabe ao certo a origem da primeira construção no local. Dizem que era apenas uma casa grande de pedra, que remonta à Idade Média. Algum tempo depois, a casa foi usada como mosteiro pela comunidade rural local. Quando Borley, no Condado de Essex, Inglaterra, tornou-se um povoado, foi construída uma igreja e o mosteiro se transformou em paróquia.
O prédio final foi construído em 1862 por ordem do reverendo Dawson Henry Ellis, que assumiria a paróquia lugar e procurava um lar para sua numerosa família. O arquiteto encarregado foi Augustus Pugin, que escolheu o estilo escolhido, típico das construções da época.
Não se sabe por que os fenômenos paranormais só começaram a acontecer após a chegada desses novos habitantes.
COMO SURGIU A LENDA?
Há quem desconfie da veracidade desta história, mas ninguém nega os estranhos fatos que começaram a acontecer no local a partir de 1863. Passos inexplicáveis, aparições fantasmagóricas e objetos caídos eram comuns na casa.
QUE FENÔMENOS ACONTECERAM?
Entre os fenômenos registrados no local, os mais sinistros é o de um fantasma que as filhas do pároco da época viram em 1900. Além disso, várias pessoas juraram ter visto uma carruagem branca e etérea, conduzida por um cavaleiro sem cabeça. E sempre no dia 28 de julho, centenas de pessoas se reúnem no antigo mosteiro para tentar ver o fantasma de uma mulher percorrendo os corredores, evento conhecido como Nun´s Walk (Caminhada da Freira). Foi justamente nessa data, séculos atrás, que a freira apaixonada foi assassinada.
Os episódios eram tão alarmantes que, em 1928, o reverendo Eric Guy Smith e sua esposa entraram em contato com uma associação de pesquisa psíquica. O jornal Daily Mirror enviou um repórter cobrir a história, revelando a história ao público. A matéria mencionava bizarrices como o crânio de uma jovem embrulhado em um papel marrom, encontrado em um armário pela esposa de Smith; sinos que tocavam mesmo depois que suas cordas foram cortadas e luzes estranhas que apareciam nas janelas.
O famoso pesquisador Harry Price alugou o imóvel de Borley durante um ano para registrar, junto a uma equipe de observadores, possíveis fenômenos paranormais. Suas experiências foram compiladas em um livro em 1940, um ano depois que o edifício foi misteriosamente consumido pelo fogo. A obra recebeu o nome de “The Most Haunted House in England: Ten Years’ Investigation of Borley Rectory” (“A Casa Mais Mal-Assombrada da Inglaterra: Dez Anos de Pesquisas na Paróquia de Borley”).