terça-feira, 4 de agosto de 2015

As Obscuras Cidades Fechadas

Cidades fechadas
Primeiramente é necessário que tenha algum parente morando lá, e também vai precisar de um documento autorizado pelo governo, porém é tão demorado consegui-lo, que as pessoas até desistem.

                                                                                                                                                           Quando alguém muito paciente consegue, é escoltado pelos militares até o local que quer visitar. A opção mais plausível para se comunicar é mandar uma carta. Ela será encaminhada a uma cidade próxima, onde há um centro especializado que analisa as correspondências e permite ou não que sejam enviadas.

Sobre as visitas, o melhor é não se iludir, porque, na verdade, quem acaba conseguindo esse acesso são pesquisadores e cientistas envolvidos nos projetos das cidades.

                                                                                                                                                                 E mesmo assim, passam por uma burocracia enorme. Dizem que alguns pesquisadores não aceitam trabalhar nessas cidades, devido ao mistério todo envolvido e a segurança extrema e que, inclusive quem já trabalhou lá, não aceitou voltar depois. O que chama a atenção dos que aceitam são os privilégios e os salários diferenciados proporcionados pelo governo para compensar um trabalho tão regrado e sigiloso.

Por que o mistério?
Radiação na Rússia

Nunca se descobriu o que realmente há nessas cidades. Obviamente o governo russo é questionado por permitir que tantas pessoas fiquem praticamente presas, mas apenas responde que essas pessoas não são, de forma alguma, prisioneiras, mas não podem sair das cidades por questões de segurança nacional.  O mundo todo especula a respeito delas, mas o relato de um cientista que trabalhou lá, tornou o segredo ainda mais curioso e assustador.

Protegido pelo Programa de Proteção às Testemunhas, Sasha, cujo nome verdadeiro não pode ser divulgado, trabalhou quando jovem numa dessas cidades. Ele conta que, assim que entrou, percebeu algo diferente naquelas pessoas, além de ser tudo confidencial, mas precisou fingir que tudo era normal.

Naquela cidade, os níveis de radiação eram surpreendentemente altos e insuportáveis a qualquer ser humano. Sasha não entendia como sobreviver lá seria possível, mas cumpriu seu trabalho até o fim sem questionar, já que sabia do que aqueles homens eram capazes para proteger o projeto.

E seu medo aumentou ainda mais quando percebeu que aquelas pessoas eram estranhas. Eram pessoas mais fortes do que o normal e que, segundo ele, até suportariam receber vários tiros. Eles trabalhavam incessantemente sem perceber as toneladas de radiação sobre eles.

Ninguém sabe como Sasha sobreviveu. Quando saiu da cidade, vestia uma roupa especial para suportar a radiação, e nela foi possível identificar um nível de radiação 600 vezes maior do que ele poderia suportar. Ele não tinha provas do que viu, e coloca sua palavra frente à dos russos.

O que dizem os ex-moradores
usinas nucleares rússia

Muitas das pessoas que moravam nessas cidades e que, hoje, se encontram abertas achavam um privilégio morar nelas. Dizem que, com a segurança toda, era um local com ordem, como uma cidade deve ter. E logo quando foram abertas, tornaram-se locais sem lei, onde qualquer pessoa do mundo poderia morar.

Certamente devemos pensar em todos os relatos. Até porque cada uma dessas cidades tinha/tem um fim e um projeto diferente. Nem todas trabalhavam com pesquisas nucleares.

E, assim, os questionamentos surgem. Será que Sasha mentiu ou havia mesmo algo errado naquela cidade especificamente? Os depoimentos dos ex-moradores são verídicos? E as outras cidades, como ficam? Será que o nível de radiação é tão alto que modificou o comportamento e capacidade dessas pessoas? Parece improvável. Mas não impossível.