quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Não eram atômicas,mas sim bombas H com o poder destrutivo mais ou menos de mil bombas atômicas!

Todos sabem o poder destrutivo de uma bomba atômica, e um dos maiores temores da humanidade é que uma 3ª guerra mundial se inicie.

Os estragos causados por elas são de uma magnitude gigantesca, e por esse motivo, seria esperado que países que detêm esse tipo de armamento guardassem elas em segurança máxima.

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Mas e se algumas delas tivessem sido perdidas? Essa ideia parece ter sido tirada de um filme de terror, mas é um fato. Há mais de 40 anos, os Estados Unidos perderam mais de uma bomba durante voos militares.

Nas profundezas da Groenlândia
No início da década de 50, quando os Estados Unidos e a Rússia estavam em plena Guerra Fria, foi construída a base aérea de Thulé, com o objetivo de detectar qualquer míssil russo que tentasse entrar no país, fazendo com que fosse um ponto de estratégia muito importante para os Estados Unidos.

O acidente aconteceu durante um voo em 1968 e quatro bombas atômicas foram perdidas na região. Contudo, apenas três foram encontradas, e as buscas se encerraram depois que a água congelou e ficou impossível rastreá-la, sendo que a quarta bomba permanece perdida até hoje.  underwater-802092_640

As informações foram divulgadas há muito pouco tempo pela emissora de televisão BBC, e o governo americano garante que a bomba não oferece mais nenhum risco de explosão, porque com o passar dos anos ela foi se desintegrando na água.

Mas as autoridades americanas pensaram que o problema seria exclusivamente esse, um risco de explosão. Como a bomba está no fundo do oceano, a pressão que a água exerce sobre ela é enorme.

O material dela, como urânio e plutônio podem escapar, e se escaparam, podem causar um desastre ecológico de proporções enormes, matando uma grande biodiversidade da fauna e flora marinha além de contaminar os seres humanos quando ela chegar até a praia.

Contaminação na Espanha
Apenas dois anos antes, em 1966, dois jatos da força aérea americana voavam sobre Palomares, na Espanha, quando um terrível acidente fez com que os dois se chocassem e outras quatro bombas caíssem dos aviões.

O problema, porém, era um pouco mais grave. As bombas em questão não eram atômicas, mas sim bombas H. O poder destrutivo dela equivale a mais ou menos mil bombas atômicas!

É suficiente para destruir várias cidades grandes de uma só vez. Três foram recuperadas, pois caíram em locais de fácil acesso, mas uma delas foi perdida perto de uma praia, afundando no lodo.

Nos dias seguintes, o governo tratou de retirar uma grande quantidade de terra do local contaminado para levar de volta ao país e eliminar os resquícios radioativos. Ao que parece, apenas três meses depois os americanos conseguiram resgatar a bomba que estava a quase 1 km de profundidade na água.

Esses não foram os únicos locais atingidos
E a história não acaba aí. Hoje, estima-se que mais de cinquenta ogivas nucleares foram derrubadas e perdidas de aviões durante o período da Guerra Fria. Algumas delas afundaram junto com aviões de menor porte, que na época ainda não tinham capacidade de sobrevoar todo o Oceano Atlântico sem precisar reabastecer no meio do caminho.

Durante os dez anos que se seguiram, o número de aviões que portavam bombas atômicas aumentou muito em várias rotas do oceano, mas os acidentes só diminuíram mesmo quando eles começaram a atravessar todo oceano, sem a necessidade de reabastecer.

Outros acidentes também foram registrados, como um caça que em 1965 estava a bordo de um porta-aviões com destino ao Japão e voou do navio direto para a água, sem escala. O avião jamais fora encontrado e a bomba permanece ainda no fundo do Oceano Atlântico.aircraft-1005_640

Essa notícia demorou a ser divulgada por dois motivos: primeiro, os Estados Unidos tinham um acordo na época de depois da guerra com o Japão de não levar nenhum tipo de arma nuclear para lá.

Segundo, porque o país mentiu quanto ao fato de não ter nenhum base militar no Vietnã, lugar de onde estavam partindo em direção ao Japão.

Mas os problemas não acabam aí
Oficialmente, há onze casos registrados de ogivas perdidas. Os outros 39 foram simplesmente “esquecidos”. Das onze bombas, sete foram perdidas nos próprios Estados Unidos.

Depois de vários acidentes, parece que governo não entendeu ainda a seriedade do problema. Outra questão que entrou em pauta por especialistas foi o risco das bombas serem encontradas por grupos terroristas, o que está fora de questão, porque depois de muito esforço das forças armadas, nada foi encontrado.

Além disso, esses grupos precisariam ter uma tecnologia de ponta para investigar em um ponto tão profundo do oceano. De fato, o risco de explosão é mínimo, mas existem outros problemas por trás disso.

O que aconteceu com as bombas e se alguém irá encontra-las, ninguém sabe ainda. Talvez alguém já tenha até encontrado, mas esse é um mistério que jamais será descoberto.