sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Os segredos por trás de Petra

Imaginar caminhar em um cemitério já pode ser apavorante para muitas pessoas, que dirá então entrar em uma necrópole. Isso até parece ficção, mas foi descoberta no deserto da Jordânia a cidade de Petra, escavada em uma rocha que fica entre diversas montanhas, e cujo acesso é bem difícil, não sendo possível chegar de carro.petra

                                                                                                                                                                     Mas o que essa cidade esconde ainda é um mistério. Por quem teria sido construída e por qual motivo? E por que ela ficou tantos anos sem ser descoberta? Os motivos reais, ninguém descobriu ainda, mas existem algumas especulações de porque a cidade foi criada.

O caminho para o templo


O Vale de Moisés, localizado na aldeia de Elji é o ponto de partida para se chegar à Petra. E logo antes de chegar à necrópole, o caminho já começa a ficar um pouco assustador.

Ao longo do percurso ele vai se afunilando até ficar com apenas um metro de largura. Definitivamente, não é um passeio para claustrofóbicos.

Todo o percurso tem cerca de 1,5 km de extensão, e ao longo dele as montanhas crescem cada vez mais, formando enormes paredões onde a luz do sol já não alcança mais.

E, ao chegar ao fim da caminhada, a luz ressurge e o visitante se depara com Khazneh, o imponente templo dos mortos escavado na grande rocha do deserto.

Não se sabe ao certo qual era a função de Khazneh, mas acredita-se que ela tinha três: guardar um tesouro, servir de templo e de túmulo.

Ao longo do caminho de Petra, é possível observar forte influência da civilização romana, tanto pelas ruínas que preenchem o caminho quanto um teatro situado em uma das colinas com capacidade para mais de 3000 pessoas.

Quem eram e onde moravam os habitantes?


Os habitantes de Petra eram conhecidos como Nabateus, uma tribo formada por pastores, onde construíram seu império mais de 2000 anos atrás.

É possível encontrar gravuras nas rochas feitas por essa tribo, embora seus significados ainda sejam indecifráveis. A cidade foi levantada em um ponto estratégico, pois ficava bem no meio da rota dos mercadores na época e o acesso ao centro da cidade era muito difícil.

Por esse motivo, os Nabateus começaram a prosperar e a crescer cada vez mais o centro de Petra. Alguns poucos séculos antes do nascimento de Cristo, Petra passava pelo seu auge.

A população havia aumentado e a economia estava sólida. Porém, os ataques de territórios vizinhos eram constantes, principalmente de Roma, até que em 106 d.c. Petra foi definitivamente conquistada pelos romanos.

Mesmo depois da conquista e do fim dessa dinastia, os dois povos permaneceram em paz por mais de cem anos e Petra continuou crescendo.

Foi nessa época que os romanos criaram o teatro e a Estrada das Colunas, que levava a um aposento sagrado no templo. Contudo, a partir do século VII a história dos Nabateus chegou ao fim com a chegada dos Muçulmanos.

Como Petra reapareceue redescoberta da cidade data de 1812, quando um explorador britânico chamado Johann Ludwig Burckhardt viajava para o Egito e ouviu falar sobre a misteriosa cidade.

Ele se vestiu como comerciante local, já que tinha aprendido a língua árabe e inventou uma desculpa de que tinha prometido para um Deus sacrificar um animal.

Porém, o sacrifício deveria ser feito em um túmulo que ficava bem próximo da necrópole. Convenceu dois habitantes locais a levar ele até lá, e quando chegou ao fim da caminhada, registrou tudo o que viu em um papel.

Para não perder o disfarce, sacrificou o animal e retornou para o povoado de Elji. Já foram encontrados na cidade de Petra vários túmulos, dentre eles reais, outros públicos e outros destinados a criminosos, que eram jogados em poços. Outros túmulos foram encontrados no siq, o caminho de 1,5 km que conduzia até o templo.

Os túmulos foram colocados entre as paredes do percurso, e também há indícios de que os Nabateus eram bons engenheiros, já que há uma infinidade de canais pelas paredes que transportavam a água pela cidade.

Diz a lenda que no topo do templo de Khazneh fica um grande tesouro de um faraó, protegido por uma urna pelos milhares de anos que se passaram. É possível encontrar marcas de armas de beduínos que tentaram incessantemente se apoderar desse tesouro.

Entretanto, nunca se soube ao certo por que a necrópole foi fundada, e trinta anos



atrás Petra foi nomeada como patrimônio da humanidade.