sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Bebê com duas cabeças nasce em Bangladesh, compartilhando mesmo corpo e órgãos

 Gêmeas siamesas compartilhando um único corpo, dois braços e duas pernas, nasceram por cesariana esta semana, em Bangladesh, e chamaram a atenção de todo o mundo.


Nascidas no distrito Brahmanbaria, as irmãs nasceram com dificuldades respiratórias e estão sendo tratadas na unidade de terapia intensiva do maior hospital do país, em Dhaka.

Seu pai, Mia Jamal, disse ter ficado "impressionado" quando viu o bebê. “Ela tem duas cabeças completamente desenvolvidas. É um corpo comendo com duas bocas e respirando com dois narizes. Ainda assim, agradeço a Deus que ela e a mãe estejam bem, agora”, disse ele à agência de notícias AFP.

Exames mostraram que a criança tem apenas um conjunto de órgãos vitais, segundo Abu Kawsar, proprietário do hospital onde o bebê nasceu. “Exceto por ter duas cabeças, o recém-nascido tem o resto de seus órgãos e membros como um recém-nascido normal”, relatou.


Acredita-se que a criança tenha uma condição extremamente rara conhecida como parapagos dicefalicos, onde apenas um único organismo se desenvolve em siameses. Este é um fenômeno raro, ocorrendo 1 em 50.000 a 100.000 nascimentos, de acordo com o Journal of Family and Reproductive Health. No entanto, em 60% dos casos, os irmãos nascem mortos ou morrem pouco tempo depois.

Milhares de pessoas lotaram o hospital em Brahmanbaria, onde a garota nasceu, a cerca de 120 quilômetros a leste de Dhaka, após a notícia do 
“milagre do recém-nascido” ter se espalhado.

No passado, os bebês nascidos em países como Bangladesh e Índia com anormalidades físicas eram tratados como deuses. “A cidade inteira foi para a clínica. Haviam milhares de pessoas, com algumas delas vindos de aldeias vizinhas” disse Kawsar, que ficou aliviado em ter transferido a criança a tempo.




O pai do bebê, um trabalhador pobre da lavoura, disse que estava preocupado sobre como conseguiria cuidar do bebê, caso sejam necessários gastos extras. “Sinto-me triste por elas, por ter nascido de um homem pobre. Eu não tenho dinheiro para tratá-las adequadamente, nem mesmo sua mãe”, disse ele.

Como compartilham o mesmo corpo e órgãos, não é possível separar gêmeos siameses do tipo. Eles se desenvolvem após uma célula de óvulo fertilizada não repartir integralmente e esse tipo de ocorrência é extremamente rara, com a maioria dos casos ocorrendo no sudoeste da Ásia e África.