terça-feira, 10 de novembro de 2015

CIENTISTAS EXPLICAM AS ROCHAS QUE SE ‘MOVEM SOZINHAS’ NO VALE DA MORTE

Grandes rochas no Parque Nacional do Vale da Morte têm intrigado os pesquisadores ao longo das últimas décadas: elas parecem se mover sozinhas, deixando uma longa trilha por onde passam. Mas um homem acredita ter resolvido o enigma.

O lago seco conhecido como o Playa Racetrack se parece muito com o resto do Vale da Morte – rachado e seco no verão e congelado no inverno. Mas em nenhum outro lugar no parque você vai encontrar trilhas estranhas atrás de cada pedra. Parece que as pedras se arrastam pelo deserto, ou como se algo ou alguém invisível as tivessem arrastado.



Teorias naturais e sobrenaturais surgiram aos montes: Sem surpresa, muitos atribuíram os movimentos das rochas aos alienígenas. Alguns disseram que o vento era o culpado; outros o gelo; outros a chuva; outros, ainda, campos de energia mística. Algumas pessoas até mesmo roubaram rochas do parque, na esperança de aproveitar seus poderes mágicos.

Cientistas explicam as rochas que se 'movem sozinhas' no Vale da Morte



Os cientistas criaram experiências no local desde 1940, tentando entender o que faz com que as pedras se movam. Mas todos os resultados foram inconclusivos, e apesar de verificações frequentes, ninguém jamais foi capaz de capturar as rochas em movimento.

Demorou para um pesquisador espacial desvendar o caso. O cientista planetário Ralph Lorenz estava trabalhando com a NASA na criação de estações meteorológicas em miniatura no Vale da Morte, quando ele começou a se interessar nas pedras (As condições do parque são tão severas que o local é frequentemente usado como testes  experimentais simulando Marte.) Embora o seu trabalho original foi focado no verão no deserto, Lorenz percebeu que seus instrumentos funcionavam bem para o monitoramento das rochas no inverno. Lorenz e sua equipe se debruçaram sobre as imagens de trilhas das pedras, à procura de alguma pista.

O avanço final não veio no laboratório ou mesmo no deserto, mas na cozinha. Lorenz derramou um pouco de água em um recipiente de plástico, em seguida, derramou em uma pequena pedra e colocou a coisa toda no congelador. Quando ele tirou, ele tinha um rocha meio revestida de gelo. A rocha foi para outro prato, este cheio de água no topo de uma camada de areia. Ele colocou a pedra na água, e soprou para lhe dar um empurrãozinho. A pedra flutuava sobre a água, raspando no fundo de areia e criando uma trilha em miniatura, a mesma encontrada no deserto. Lorenz havia encontrado a resposta.

Em noites geladas no inverno e primavera, camadas de gelo são formadas nas proximidades da rocha. À medida em que elas vão derretendo e se tornando mais finas, ventos conseguem movê-las.