terça-feira, 18 de outubro de 2016

Histórias assombradas cercam prédios históricos de Pelotas, RS

Histórias assombradas cercam prédios históricos de Pelotas, RS
Abandonado, o Castelo Simões Lopes causa arrepios com mistérios.
Moradores relatam fatos inexplicáveis que passam entre gerações.


Repleta de prédios históricos e contando com um rico acervo arquitetônico, Pelotas, no Sul do Rio Grande do Sul, é um cenário perfeito para histórias mal assombradas. Castelos abandonados, um teatro antigo e casarões são palco de lendas sobre fantasmas e fenômenos sobrenaturais transmitidas entre gerações na região, como mostra reportagem do Teledomingo (confira no vídeo). 

Pelo menos três castelos estão abandonados no município. O mais famoso é o Simões Lopes, batizado por Augusto Simões Lopes, importante político da época, construído em 1922. Mais de trinta salas já abrigaram importante reuniões no prédio, atualmente em ruínas. Um dos responsáveis pela segurança do local, Seu Francisco, garante que sente um doce perfume no ar. "No início, a noite era terrível. A vela, a gente acendia e apagava. Acendia novamente e apagava de novo. E com o barulho, queria sair pra rua e não retornar", relata. 
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Barulho é o que mais se ouve também no Teatro Guarany, prédio imponente, fundado em 1921. 

Mesmo com palco e plateia vazios, os funcionários afirmam que o ruído é constante. "É o vovô Rosauro, de terno de linho branco e bengala. Só pode ser o vovô Rosauro. Cuidando do teatro dele. É o vovô andando por aí", assegura Paulo Ricardo Rocha, funcionário do teatro. Coronel Rosauro Zambrano foi fundador do teatro e um grande apaixonado por ópera.

Outra lenda que corre na região é a de uma moça, vista várias vezes correndo em buscas de seu amado. Moradores contam que a jovem, que vivia na Charqueada São João, construída em 1810, escondia dos pais um romance. "Ela foi prometida para um dos barões de uma charqueada vizinha, mas se apaixonou por um tropeiro. A mãe desconfiou, pois ela sempre saia no mesmo horário", conta a monitora turística Eva Vaz.

A história diz que, no dia seguinte após ser descoberta, a menina encontrou seu amado morto. Ela teria, então, fugido correndo, sem nunca mais voltar. José Carlos Garcia, aposentado, morador da região, ouve a história desde garoto. "Tu olhava no meio dos bambus… E tem algo aí. É uma história que a gente guarda até hoje. A gente queria saber quem é essa pessoa. Imaginava ser uma mulher muito bonita, mas quem sabia?". 

No museu do Gruppelli, o famoso personagem é um protetor, o fantasma do parafuso. O local já foi de produção de vinho, e o andarilho, cuja origem do apelido ninguém sabe explicar, havia sido um ajudante de produção em vida. Um comerciante da região, Ricardo Gruppeli, conta que o espírito fazia traquinagens.


"Azedava o vinho quando o pessoal invadia para pegar o vinho e fazer festa escondido. A explicação é que ele tinha cuidado, não queria que alguém mexesse na propriedade do meu bisavô. Era um guardião dos vinhos produzidos no local", conta. Verdade ou não, que casos como esses já fazem parte da história da cidade e seguem fazendo muita gente se perguntar: será?