domingo, 7 de dezembro de 2014

zumbis no vodu nada parecido coms filmes

isso são zumbis reais no vodu




Todo mundo já ouviu falar em vodu, palavra que se tornou sinônimo de magia negra e bruxaria da pesada praticamente no mundo todo. Trata-se, na verdade, de um culto religioso praticado nas ilhas caribenhas chamadas Antilhas, principalmente o Haiti, baseado em rituais de possessão e com origem africana - obviamente, parente do candomblé brasileiro e da santería cubana. Para os adeptos do vodu, o zumbi seria como um morto-vivo, fabricado por feiticeiros ressuscitando um cadáver, para transformá-lo em um trabalhador braçal sem vontade própria - mais que um escravo, um autômato de carne. As figuras de zumbis tornaram-se parte do imaginário popular ao inspirarem dezenas de filmes de terror, como o clássico White Zombie, de 1932. Porém, o assunto foi estudado a sério por pelo menos um cientista, o antropólogo e etnobotânico canadense Wade Davis. No início da década de 80, ele passou uma temporada no Haiti, descrita em dois livros:

A Serpente e o Arco-Íris (1986), adaptado para o cinema por Wes Craven (famoso pela série A Hora do Pesadelo), e Passage of Darkness (1988, inédito no Brasil). Davis investigava a hipótese de os zumbis serem pessoas colocadas em estado de transe e catalepsia por meio de um veneno. Sua conclusão foi de que os sacerdotes usavam um pó à base de uma neurotoxina (substância danosa ao sistema nervoso) encontrada em peixes como o baiacu. A narrativa teve impacto imediato na comunidade científica, mas logo foi rejeitada pela maioria - especialmente por um químico japonês especialista em tetrodotoxina, a tal substância. Outros testes foram realizados na amostra do pó comprado de um sacerdote vodu pelo estudioso canadense, mas não se chegou a nenhum resultado definitivo.

A palavra "zumbi" é igualmente cercada de mistério, mas sua origem pode estar nos termos nzambi ou nzumbi, que, em alguns idiomas do oeste africano, significam "divindade" ou "espírito ancestral" - possivelmente a mesma raiz do nome do nosso Zumbi, líder dos escravos rebeldes do célebre Quilombo de Palmares, no Brasil Colonial do século XVII.