quinta-feira, 19 de maio de 2016

Após “vazar” que China estaria vendendo corpos humanos como carne enlatada, governo decide se pronunciar


Recentemente, uma série de imagens que circularam pelas redes sociais, sugeriam que um frigorífico na China, repleto de cadáveres humanos, supostamente, estaria enlatando carne humana e enviando-as à África.


O rumor, obviamente, viralizou na Internet, o que levou milhares de pessoas a acreditarem que o País estaria vendendo seres humanos como alimento. Logo, a China precisou exigir uma investigação sobre o caso. E, eventualmente, precisou formalizar um pedido de desculpas pelo boato, já que se tratava de um golpe de publicidade.


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Os rumores começaram após uma série de imagens, mostrando corpos marinados e embalagens em latas associados a eles, sendo publicadas no Facebook. O suposto comércio de carne humana ainda foi incentivado pela imprensa da Zâmbia (país africano), conforme relatado pelo Mail Online. As supostas fontes usadas para dar mais credibilidade a história, eram funcionários das fábricas. Segundo eles, a venda dos corpos como alimento estava associada a ideia de que a China não tinha mais espaço para dispor os seus mortos.

Logo, o embaixador da China, emitiu uma negação furiosa das alegações. “Hoje um tabloide local espalhou abertamente um rumor, afirmando que os chineses usam carne humana para fazer carne enlatada e as vendem para a África“, disse Yang Youming, segundo a agência de notícias chinesa Xinhua. “Isso é uma calúnia maliciosa e difamação e absolutamente inaceitável para nós. Viemos por meio deste manifestar a nossa raiva e condenação sobre tal ato”.

Contudo, ele ainda teria afirmado que os rumores estavam sendo divulgados por “pessoas com segundas intenções, que estavam tentando destruir a parceria de longa data entre a Zâmbia e China”.

Enquanto as fotografias foram suficientes para enganar muita gente, o site Snopes.com afirmou que, pelo menos uma das imagens, eram de uma campanha publicitária de 2012, para anunciar uma nova versão do jogo Resident Evil. Uma outra imagem, que mostra um corpo nem um matadouro, foi associada a um golpe de publicidade de um mercado londrino de Smithfield.


No entanto, além da revolta do governo chinês e o pedido de investigação sobre as alegações, o vice-ministro da Defesa Christopher Mulenga, da Zâmbia, também oficializou um pedido formal de desculpas. “O governo da Zâmbia lamenta o incidente em vista das relações calorosas que existem entre Zâmbia e China“, disse ele. “Vamos nos certificar de que as autoridades governamentais relevantes assumam as investigações e deem uma declaração completa”, salientou.

De acordo com o Mail Online, os países têm fortes laços comerciais, mas a crescente influência da China na Zâmbia criou tensão entre os habitantes locais, que acusam a China de pagar baixos salários e permitir condições de trabalho perigosas.