terça-feira, 1 de novembro de 2016

6 lendas urbanas brasileiras de gelar a espinha

Algumas lendas urbanas no melhor estilo brasileiro pra você ficar de cabelo em pé.



1) A MALDIÇÃO DO FOFÃO


Por volta de 1986, espalharam-se boatos de que, ao desmontar o boneco do Fofão (personagem do clássico programa infantil Balão Mágico), era possível encontrar uma faca afiada escondida próxima à cabeça. Essa lenda existe até hoje – há ainda quem diga que, quando anoitecia, o boneco atacava crianças enquanto elas dormiam.



2) A PROCISSÃO DAS ALMAS


Essa lenda de Mariana (Minas Gerais) é a inspiração para o rito religioso que acontece até hoje na cidade. Conta-se que uma senhora vivia sozinha e passava o dia inteiro olhando a rua. Certa noite, viu uma procissão se aproximar. A velha estranhou, pois nem mesmo os sinos da igreja tocavam – coisa comum em dias de procissão.

Mesmo assim, a senhora ficou da janela assistindo. Próximo ao fim do cortejo, uma das pessoas que participavam se aproximou e entregou uma vela à senhora na janela. Ela a guardou e foi dormir. No dia seguinte, quando acordou, se deparou com ossos no lugar em que tinha deixado a vela. O desfecho da lenda varia: algumas versões dizem que a velha morreu, outras que a alma voltou para buscar os ossos na noite seguinte. No fim, a moral é a mesma: a Procissão das Almas não é para ser vista pelos vivos.



3) O LADRÃO DE ÓRGÃOS


É comum ouvirmos histórias que envolvem pessoas que são drogadas e acordam em uma banheira de gelo e sem um rim. Terror total. Pois bem, há uma lenda urbana brasileira que trata desse tema assustador. Diz a história que Leandro, um menino de 11 anos, ganhou de Natal um joguinho virtual. Nele, o garoto podia conversar com outros jogadores, de vários países.

Ele acabou ficando bem amigo de um usuário chamado lordesagodoara, que lhe mandou um link – segundo o colega misterioso, era um jogo que ele próprio havia desenvolvido. Cheio de inocência, Leandro clicou no link – que era, na verdade, um rastreador que mostrava o endereço da criança. No dia seguinte, o menino teria acordado em uma banheira cheia de gelo com um corte na região das costas.



4) O CAPA PRETA


Na década de 1970, os moradores de Juiz de Fora (MG) teriam sido aterrorizados por um homem misterioso que andava pela cidade coberto com uma capa preta. Como se isso já não fosse bizarro o suficiente, houve ainda relatos de pessoas atacadas por esse ser obscuro.

A população, claro, entrou em pânico. Grupos de habitantes se formaram para caçar o tal “capa preta” – o resultado de fazer justiça com as próprias mãos foi desastroso: pessoas que não tinham nada a ver com a história (como um padre, confundido por causa de sua batina) foram castigadas. Até mesmo o Exército tentou resolver o mistério.

Mas o caso pareceu se resolver sozinho, pondo um fim à histeria: na beira do rio que corta a cidade, foram encontrados uma capa e um bilhete de despedida do suspeito, que dizia ser mal compreendido pela sociedade.



5) GANGUE DOS PALHAÇOS


Você deve ter visto na internet (e provavelmente se aterrorizado com) a história de palhaços macabros que apareceram em vários países, inclusive no Brasil (a foto acima foi tirada deste vídeo). Mas está achando que essa onda de palhaços sinistros é de agora? Há alguns anos, uma Kombi azul circulava pelo Brasil sem levantar suspeitas. Mas, um dia, crianças entraram nesse veículo e nunca mais foram vistas.

Reza a lenda que os garotos foram alvo da gangue dos palhaços, que roubava órgãos. Os bandidos aproveitariam a empatia que as crianças têm pela figura cômica do circo e as atrairiam para a morte.

Essa história foi tão disseminada que vários palhaços perderam os seus empregos e sofreram ameaças de morte. Não é à toa que a fobia de palhaços surgiu na época em que essa lenda estava no auge.



6) LOIRA DO BANHEIRO


Uma lista de lendas urbanas brasileiras não estaria completa sem essa eterna diva do terror. Afinal, quem nunca tentou invocá-la no banheiro da escola? A versão mais aceita da história não é nada assustadora. Na verdade, Maria Augusta de Oliveira, nascida em Guaratinguetá, São Paulo, no século 19, é um exemplo de empoderamento feminino – o que, pensando bem, pode ter sido assustador para a sociedade da época.

Quando foi obrigada por seus pais a se casar ainda adolescente, situação comum na época, Maria Augusta fugiu para a Europa, onde viveu feliz até os 26 anos, quando faleceu. A morte permanece um mistério até hoje, pois seu atestado de óbito sumiu.

O corpo retornou ao Brasil, mas a mãe da garota se recusou a enterrá-lo, deixando-o na casa da família. A jovem só foi sepultada depois que a mãe sofreu uma série de pesadelos. Anos mais tarde, em 1902, o casarão da família virou a Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves e a lenda de que a alma da jovem ainda assombrava o lugar surgiu, intensificada por um incêndio sofrido no prédio.

Mas onde entra o banheiro nessa história? É aí que está o mistério. Nada liga o fantasma de Maria Augusta a banheiro nenhum. Provavelmente esse detalhe foi criado para evitar que os alunos da escola matassem aula no banheiro.